sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Sapo e o Escorpião


Olá queridos Saruês!!!!
Sei que o foco do nosso site é o ato de pedalar, mas como combinamos que este site é filosoficamente democrático, me senti no direito de postar um tema relevante: o espírito de companheirismo. E para isso usarei uma analogia entre um conto budista, intitulado “O sapo e o escorpião” e nossa corridinha no Circuito Cross Parques.
Corridinha do Cross Parques. Vários saruês enfronharam nesse circuito, uma oportunidade salutar, visto que não nos encontramos com tanta frequência este circuito é uma oportunidade de encontrar nossos queridos amigos.
Eu estava quase fechando a corridinha, quando vejo a minha frente um caboclo familiar, com suas batatas exuberantes e inconfundíveis, porém não citarei o nome (pra poder fazer um mistério). O camarada tava quase botando o alien boca a fora, já tava caminhando... Puxei o braço dele e o cara reagiu, fomos correndo lado a lado no último km, qdo chegou nos centímetro finais, olhei pra ele e disse que dessa vez, apesar de escoltá-lo ele não chegaria na minha frente... Era a hora do sprint final...O cara colocou o peito para frente e chegou alguns segundos antes.
Após a chegada, naquela conversinha básica contei sobre o conto do sapo e do escorpião, que segue abaixo:

“Na margem de grande rio estava, um dia, um sapo. Ele precisava chegar à margem oposta. Enquanto se preparava para entrar na água, chegou um escorpião. Também este precisava chegar à outra margem, mas não podia fazê-lo: os escorpiões não sabem nadar. A contragosto, viu que o sapo era a única possibilidade de chegar ao outro lado. O escorpião pediu ao sapo para ajudá-lo a atravessar o rio:
-Deixa-me subir subir nas tuas costas e transporta-me até a outra margem. És grande o suficiente e não te cansarás.
Mas o sapo, que bem conhecia o veneno do ferrão do escorpião, respondeu:
- Nas minhas costas? Estás louco! Tenho medo de teu veneno mortal!
E o escorpião:
- Estás equivocado em temer-me. Eu desejo atravessar o rio. É meu interesse que tu vivas.
Com tal raciocínio, o escorpião induziu o sapo a aceitar. Subiu, então, nas costas do sapo. O sapo entrou na água carregando o escorpião e começou a nadar, perfeitamente à vontade no seu meio natural. Assim que chegaram ao meio do rio, no ponto onde era mais forte a corrente e maior o esforço do sapo, eis que o escorpião levantou o rabo e enterrou o ferrão com toda força nas costas do sapo. Enquanto o veneno mortal se difundia em seu corpo, sentindo que a vida se esvaía, o sapo exclamou:
- Maldito desgraçado, que estás fazendo? Não vês que ambos morreremos: eu envenenado e tu afogado! Por que fizeste isso?
E o escorpião, já se afogando:
- Porque eu sou um escorpião e devo ferrar: esta é minha natureza.
E morreram.
Moral:
Cada ser humano tem uma índole, uma propensão natural, e ela não muda, manifesta-se em todas as circunstâncias da vida, até mesmo quando essa manifestação contraria o bom senso.”


Esse conto fica aí como registro sobre nosso comportamento diante dos nossos amigos de pedal. Horas pedalando, o cansaço bate e diante da nossa vontade de chegar em menos tempo, sabemos que é melhor mudar o ritmo para não pedalar só. Acho q diante de certos obstáculos ser sapo ou escorpião, vem da sua postura com a vida, do seu nato... Fui uma sapa tola (fazendo uma analogia com a corridinha do cross parques), se pensar que meu amigo poderia ter me dado o ferrão (como foi kkkkk), porém uma sapa tola com um gde amigo ao meu lado! E acho que valeu demais ver a superação final do meu amigo!
Acredito inclusive, que se ele soubesse que faltariam mais 20kms pra terminar um pedal, ele também seria uma sapo e me faria cia.
Porém, caro amigo corrão, na próxima eu farei o papel de escorpião, viu? Rsrsrsrs
Valeu saruês pela Cia na corridinha!

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