quinta-feira, 25 de junho de 2009



CADÊNCIA DA PEDALADA



Edivando Cruz fala sobre as diferentes relações de marchas
TEXTO: Edivando Cruz
Ainda é recente a imagem do americano Lance Armstrong desafiando as montanhas do Tour de France com grande maestria e sob o olhar atento do mundo inteiro nos detalhes. Uma das particularidades de Armstrong é a sua extraordinária capacidade de pedalar em alta rotação nas subidas.
A “Era Armstrong” iniciou discussões entre os estudiosos sobre qual a cadência ideal para os treinamentos e competições. Muitas das questões levantadas sobre este assunto estão diretamente ligadas à relação (marchas) utilizada pelos atletas.
Por exemplo: a tradicional relação usada no ciclismo 53-39 X 23-12 (coroas com 53 e 39 dentes e cassete com catracas vão de 12 até 23 dentes) em terrenos com subida se mostra perfeita para atletas profissionais, mas muitas vezes não é adequada para amadores.
Neste caso, a procura por um cassete 25-12 ou até 27-12 é uma boa sugestão. No mountain bike, por exemplo, procure os cassetes 11-34 com pedivela de 42-32-22 dentes para que você comesse com uma relação mais leve.
Então, qual seria a melhor relação para eu utilizar na minha bicicleta? Muitos fatores devem ser considerados para responder esta pergunta.
O primeiro fator a ser considerado é o tipo de terreno (subidas, descidas ou terrenos mistos) que o biker pedala na maior parte dos seus treinos. Antes de fazer um upgrade na relação ou comprar uma bicicleta nova, é importante considerar este aspecto.
O segundo fator é diretamente relacionado à condição física do biker. Ciclistas com melhores condições físicas conseguem manter uma alta cadência com uma relação mais pesada. O ideal é que cada um considere a sua condição física atual, e não na condição física futura, depois de muitos treinos. A insistência na utilização de uma baixa cadência (baixa rotações) proporcionará ao biker o hábito de pedalar desta forma.
Após a realização das etapas anteriores é importante pensar no conforto durante a pedalada. A posição do ciclista na bicicleta poderá afetar de forma negativa a tentativa de melhorar a cadência durante o ciclismo.
Além disso, cada ciclista deve respeitar suas próprias características individuais. O alemão Jan Ullrich e Lance Armstrong são dois grandes ícones do ciclismo mundial, mas com características diferentes. Ullrich pedala mais travado, fazendo mais força e com rotações menores. Já Armstrong é conhecido por pedalar em rotações elevadas (acima dos 100 rpm).
A idéia de imaginar Jan Ullrich escalando os Alpes utilizando a mesma rotação de pernas de Lance Armstrong fica restrita somente ao plano imaginário.
Portanto, para melhorar a cadência de forma satisfatória e permitir que você encontre o seu “estilo ideal”, é melhor considerar os temas abordados anteriormente.

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